terça-feira, 27 de outubro de 2009

Alfabetizar sem ba-be-bi-bo-bu é mesmo uma prática ultrapassada?

Estava meio afastada, mas já estou de volta com toda garra e força...
Estive fazendo uma pesquisa no campo da alfabetização e nas minhas vivências em escolas que trabalham com o método da casinha feliz... O ba-be-bi-bo-bu é utilizado nas salas de alfabetização e com uma extraordinária rapidez as crianças conseguem se adaptar a nova letra, às novas palavras. Fiquei refletindo sobre isto, pois venho cada dia mais na minha faculdade ouvindo que este método é ultrapassado, que as crianças precisam aprender de outra forma, que não é adequado e assim sucessivamente. Porém Em uma das escolas que pesquisei trabalhava com o construtivismo e as crianças da 1ª série, antiga alfa, trabalhava de uma forma nova, com formação de palavras a partir de outras palavras e pude perceber que apesar de ser uma forma inovadora de ensinar, as crianças não estavam tão avançadas quanto a da outra escola que utilizava o método "ultrapassado". Ficou na minha cabeça: será que o ba-be-bi-bo-bu é melhor que outras práticas? claro que sendo trabalhado direito e apresentando uma nova letra depois que as crianças estiverem adaptadas a anterior. O que você acha? concorda com o ensino dito "ultrapassado" ou defende as novas metodologias de ensino?

22 comentários:

  1. Noah!

    Esse ponto é polêmico. Também fico me perguntando. Não posso opinar com tanta propriedade pois não sou alfabetizadora, mas pela minha própria experiência, fui alfabetizada há mais de 40 anos atrás. Aliás, acho que comecei a primeira série já lendo manchetes de jornais. E quem me ensinou? Só lembro de ler no colo do meu pai que até hoje é analfabeto.E lembro vagamente a admiração dele em ver que eu lia antes de ir pra escola.Como se explica isso?Obviamente depois na escola houve a complementação do ba-be-bi-bo-bu. Não vejo sentido em "Ivo viu a uva." e outras coisas do gênero, fora do contexto da criança, mas por outro lado, divagar demais talvez dificulte um primeiro contato com as as letras.Na minha opinião, tudo pode ser dosado. Até a criança se alfabetizar, ter o dominio do código escrito, não vejo como um "pecado" o método tradicional, o que nã osignifica que depois eu concorde com a continuação. O importante é desenvolver em seguida o senso crítico dentro de um contexto próximo da criança. Não dá pra jogar na lata do lixo tudo o que é velho. Beijo!

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  2. OI, Noah:
    pode parecer que os alunos do ba-be-bi-burro, estivessem mais adiantados. O que eles adquriram foi simplemente o mecanismo de decoreba. Se vc pedir que eles escrvem alguma coisa fora adquilo que eles já aprenderam, eles serão incapazes de estebelecer hipóteses e de escrever palavras novas e muito menos textos coerentes
    Tem gente que acha que o be-a-bá é ótimo,principalmente para quem é pobre.

    O importante é você testar com os alunos as teorias e ler muito para poder tirar suas próprias conclusões.
    Veja o livro da Emília Ferreiro: Chapeuzinho Vermelho aprende a escrever, da Editora Ática.
    Alunos do be-a-ba nunca fariam textos como os que são analisados neste livro.


    Dá uma lida na última postagem do meu blog, que falo sobre isto.

    Abs e continue se questionando.É isto que faz um bom profissional.

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    1. Anônimo28/6/17

      Perfeito!!!!!!!!!!

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    2. Anônimo22/12/19

      PAULO FREIRE É CÂNCER !!! Foi a primeira frase que meu sobrinho aprendeu aqui com o titio utilizando o método ba-be-bi-bo-bu. Já chegou na escola sabendo ler e escrever, dou aulas ao meu sobrinho nos finais de semana. Paulo Freire criou 3 gerações de analfabetos funcionais. Filho de rico estuda ba-be-bi-bo-bu também.

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    3. Anônimo22/12/19

      ba-be-bi-burro É O CÚ DA SUA MÃE sua retardada.

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  3. Olá Maria!
    Conforme disse a colega Marli este assunto é muito polêmico... E como eu também não sou alfabetizadora, tenho algumas lembranças do modo como aprendi... Fui alfabetizada muito antes de ir á escola, porque meu pai era professor e ensinava exatamente com o "ba, bebi,bo,bu...". E depois, viajei muitos quilômetros de jegue, trem, e também, de ônibus, de Sergipe para a Bahia, e depois, da Bahia para São Paulo... Nessa trajetória encontrei muitos professores e várias metodologias que me ensinaram a ler o mundo... Acredito que foi o melhor jeito de aprender! Bjs,
    Josete

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  4. Desculpe Noah, te chamei de Maria...

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  5. Se fôssemos fazer uma redação a respeito desse assunto, teríamos que ter uma grande cautela em organizar as idéias mais adequadas para se chegar a um acordo comum e definirmos o que é realmente o método do be-a-bá, independente do tempo, ou seja, se há 20 anos ou mais, o método antigo funcionava muito bem, e até hoje funciona, por que então substitui-lo por métodos modernos? Que métodos modernos são esses? Acho que há uma confusão entre metodologia e tecnologia.

    A análise é a seguinte: Não existem várias definições para o método do be-a-bá. Apenas uma, que é ensinar a criança a escrever as letras, ou melhor, ensiná-la a desenhar o símbolo de cada letra. E o caderno de caligrafia não pode jamais faltar.

    Por exemplo: A professora, de posse do giz, na lousa, apresenta às crianças duas formas de se escrever a primeira letra do alfabeto: Letra "A" e letra "a". Em seguida, a segunda letra - "B" ou "b" e vai continuando até a última letra.

    Portanto, sob meu ponto de vista, método do be-a-bá é feita e sempre foi feita dessa forma, que é o domínio do código escrito, segundo a postagem da nossa amiga Noah. Após isso, é aplicada a combinação das letras até chegar o nível de escrever uma palavra. O ensino básico não pode avançar além do método do be-a-bá, que de ultrapassado não tem nada. É apenas uma questão de "cada um no seu quadrado", como diz a expressão popular, rs.

    Pra mim, é um absurdo uma escola que se julga a frente do tempo, ensinar processo de formação de palavras, assunto pertencente ao ensino fundamental e médio.

    Apesar de a criança de hoje apresentar precocemente já uma postura crítica de opinião - uma criança de 6 anos, por exemplo, já sabe o que é orkut, twitter, é incrível isso - a alfabetização antiga não pode sofrer descaso.

    Infelizmente, não são apenas alguns pais os culpados pelo desprezo ao método. A culpa também é do sistema pedagógico que precisa sofrer uma reforma e a existência de verdadeiros educadores, e não os que assumem postura de ditadores, achando que sabem tudo de Educação e Ensino. Por isso, vejo muitos universitários por aí escrevendo CASA com Z (CAZA). É triste demais isso.

    Só há um remédio para melhorar esse país: Incentivar as crianças e adolescentes a ter paixão pela leitura e pelos livros. Conscientizá-los de que o computador e a internet apenas complementam o aprendizado, e não podem ser substitutos de livros e jornais. É dessa forma que os jovens saberão interpretar enunciados de diversas questões de concursos.

    Vou compartilhar esse meu texto no BLOGS EDUCATIVOS. Quem quiser fazer alguma crítica, sugestão, estamos aí para discutir.

    Bjsss!!!

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  6. Oi Noah, sou "professora de professores" e uma das disciplinas que ministro é justamente a de Ensino da Leitura e da escrita. De fato, a questão que você coloca é polêmica pois não pode ser respondida simplesmente com uma escolha: tal método é perfeito, tal outro método não é. Acredito que o método sozinho não produz leitores e escritores, nosso foco fundamental, como bem apontou Marcos Vinícius. Penso que a experiência direta com a leitura e a escrita, bem como atividades que envolvam refletir sobre as particularidades do código são fundamentais.
    Especialmente sobre a discussão comparativa entre as crianças que estão aprendendo com o método da Casinha Feliz e as que estão aprendendo por outros caminhos, penso que a questão que se coloca não é apenas quem "aprende mais rápido" mas o que cada um aprende em uma experiência e em outra. Juntas as letras e formar palavras não signfica que necessariamente essa criança participará com autonomia de práticas sociais de leitura e escrita. Assim, ainda que em velocidades distintas, penso que práticas que envolvem a mobilização da reflexão crítica da criança, de sua criatividade, de seu contato próximo com a leitura e escrita, são sempre mais favoráveis para formar um leitor e escritor proficiente. O que acham?
    Também comento algo sobre o assunto no meu blog, convido vocês a aparecerem por lá! Abraço,

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  7. Sangue novo... é o que a educação está precisando.

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  8. Oi Noah! A pergunta que você "Se Faz" agora, já me martelou também durante alguns anos. Depois de muitos anos, seguindo os métodos mágicos de muitas escolas, percebi que não importa o método. O problema não é o be-a-ba. O segredo é planejamento e contextualização. A maneira como as crianças convivem com as letras e as palavras desde o primeiro dia na escolinha maternal. Isso sem falar no ritmo de cada um, que é muito diferenciado. Esta semana vou apresentar alguns trabalhos da turminha que está terminando o 1º ano no blog da escola. Minha escola leva o construtivismo muito a sério e a grande maioria das crianças já chega no 1º ano lendo quase tudo e escrevendo também. E o principal: gostam de faze-lo! É um trabalho muito árduo, porém muito compensador.Assim que tiver postado os trabalhos, voltarei aqui pra te convidar para uma visita.
    Seu questionamento demonstra principalmente que você está no caminho certo!!

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  9. Polêmica boa essa... E olha que, independente das novas tecnologias... Eu ainda acredito no ba-be-bi-bo-bu.

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  10. Anônimo12/3/11

    Olá! Sou professora há 17 anos,tive e tenho experiência com com o método "antigo" ba-be-bi-bo-bu e o "moderno". As experiências dão conta de que os alunos "ba-be-bi-bo-bu" conseguem sim estabelecer hipóteses e são capazes. Bem diferentes do que a colega Marli diz "serão incapazes de estabelecer hipóteses e de escrever palavras novas e muito menos textos coerentes" Acredito e já comprovei, crianças que não conseguiram pelo método "moderno", conseguiram pelo método antigo e após domínio do ba-be-bi-bo-bu, veio o interesse pela leitura, tornaram-se bons leitores e bons escritores de textos, inclusive respeitando a tão temida ortografia. Acredito que se o "ba-be-bi-bo-bu" fosse tão prejudicial assim e tornasse as pessoas tão limitadas, não teríamos grandes escritores e pessoas ligadas a educação com tão grande competência e dedicação visto que são frutos do "ba-be-bi-bo-bu" Acho um horror ficar condenando algo que não é o nosso maior problema em educação, acredito que o verdadeiro professor, educador deve preocupar-se com questões mais importantes, não é o meio pelo qual acontece a alfabetização que irá decidir o futuro do leitor ou escritor mas o caminho que será aberto para que essa criança ou pessoa se apaixone pela leitura e escrita e assim desenvolva sua potencialidade. "Os fins justificam os meios" O importante é atingir o objetivo: "Domínio da leitura e escrita" O restante é querer inventar o que já estava pronto.
    Um abraço. Lu.

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  11. Anônimo12/3/11

    Quero pedir desculpas por citar o nome 'MARLI" na verdade o nome é: FÁTIMA, que fez o comentário sobre a incapacidade de quem aprende pelo método "ba-be-bi-bo-bu". MARLI, perdão, para a Fátima, respeito sua opinião, mas...NÃO CONCORDO pois respeito nossos mestres maravilhosos que aprenderam pelo "ba-be-bi-bo-bu" bem como eu aprendi e a maioria do brasileiros, esses mestres hoje são excelentes escritores e continuam nos ensinando através de seus escritos e experiências. Eles merecem nosso respeito e admiração, apesar do "ba-be-bi-bo-bu"
    Um abraço. Lu.

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  12. Anônimo16/4/11

    Olá,
    O método tradicional, do be a bá não ensina apenas a criança a desenhar letras. Ensina a ter sequência lógica, reconhecer o formato correto das letras, lembrá-las, adequá-las no tamanho da linha. Precisamos da base para depois criarmos. A criança que lê, escreve. O resto é hipótese. Perguntem aos professores de séries finais como está a letra dos seus alunos, a criatividade e o gosto pela leitura, dos alfabetizados pelo "construtivismo" ? dissociar os termos construtivismo e tradicionalismo é preconceito. Desde quando o tradicional não é construtivista? Continuem com achismos e garratujas. Fico com a base inicial. Ultrapassados são os modismos.

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  13. Concordo plenamente com Anonymous. Muitas pessoas brilhantes aprenderam pelo ba be bi bo bu. Mas gostaria de ir muito além, pois creio que as soluções vem da união de idéias e não da segregação. Trabalho utizando vários métodos, de forma muito organizada, é claro. Assim meus alunos potencializam seu aprendizado e se enquadram a seu próprio perfil. E creio que além da metodologia, o que deve ser levado muito em conta é a motivação do aluno em relação a seu próprio aprendizado. Uma criança alfabetizada sob a ditadura e repressão de um professor, certamente pensará que a aprendizagem é uma tortura, levando-o ao fracasso. Digo muito por experiência própria, pois não nos anos iniciais, mas no fundamental, tive professores que me desestimularam sem motivo para tal. Tenho sequelas emocionais que perduram até hoje.
    O preconceito é o pior inimigo dos professores.

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  14. concordo com ba be bi bo bu

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  15. Anônimo29/10/16

    Um dia, estava explicando uma atividade (pela terceira vez) para um aluno com dificuldades de aprendizagem, então minha coordenadora me disse: "não deixa isso na lousa porque a coordenadora geral( da Secretaria de Educação) vem aí, e ela não pode nem sonhar em ver isto..." "Isso" era o b+a: ba; b+e: be !!! E foi só aí que ele entendeu... Esta será minha defesa do TCC...!!!!

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  16. Não acredito em ba-be-bi-bo-bu, vejo muita decoreba e não aprendizajes. Pretendo desenvolver uma pesquisa. Muito triste,vejo professor trabalhar assim na Educação Infantil. etieducadora2013@gmail.com

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  17. Não acredito em ba-be-bi-bo-bu, vejo muita decoreba e não aprendizajes. Pretendo desenvolver uma pesquisa. Muito triste,vejo professor trabalhar assim na Educação Infantil. etieducadora2013@gmail.com

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  18. Sou educadora e alfabetizadora. Acredito que temos que mesclar tudo isso. Alfabetizo de acordo coma criança, pois cada uma aprende de uma forma diferente. Se for preciso do tradicional para ensinar... Vamos la.

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